Má-oclusão: qualquer desvio dos dentes de sua oclusão normal.
As más oclusões ocupam a terceira posição na escala de prioridades e de problemas de saúde bucal no Brasil sendo consideradas como problema de saúde pública.
Podem ser desencadeadas por ordens emocionais, fisiológicas ou aprendidas e os danos serão determinados pela intensidade, frequência, duração e tipo de objeto utilizado, bem como, a idade do sujeito na época da instalação dos hábitos.
Alguns hábitos orais como: período curto de amamentação, sucção de dedo, língua e chupeta, caneta e outros objetos estão associados a conflitos familiares, pressão escolar, stress, irritações provocadas pela erupção dos dentes, obstrução respiratória, má postura, dentre outros fatores emocionais. Há problemas também relacionados às tonsilas, septo nasal, adenóides, tendo como consequência a respiração bucal, intervindo na tonicidade, mobilidade, postura e sensibilidade de órgãos fonoarticulatórios, posições dentais e de língua e palato duro.
Os problemas de oclusão são originários principalmente de hábitos como: bruxismo (ranger os dentes), onicofagia (hábito ou vício de roer unhas), interposição lingual, respiração bucal, morder objetos, morder lábios, além dos mais típicos hábitos deletérios de sucção de dedo, chupeta e mamadeira. A sucção de dedo, chupeta e mamadeira são de fácil aquisição e persistem, mormente, em crianças que não receberam adequadamente uma amamentação natural nos seis primeiros meses de vida.
Sinais e Sintomas
O desequilíbrio pode resultar em quadros de Disfunção Temporomandibular (DTM), originando condições dolorosas e/ou funcionais, como: ruídos articulares durante a abertura e fechamento bucal, dores musculares, dores de cabeça, nuca, pescoço e ouvido, limitação e desvio na trajetória mandibular.
Devido à possibilidade das Disfunções Temporomandibulares se originarem no início do crescimento craniofacial, há uma elevada porcentagem de crianças que apresentam sinais e sintomas associados com distúrbios temporomandibulares.
Tratamento
O diagnóstico precoce e medidas preventivas, como a conscientização dos responsáveis, buscam amenizar problemas de difícil solução.
A conscientização pode ser feita com a finalidade de mudança de comportamentos e à manutenção dos padrões adequados de saúde bucal do paciente e da família por meio das informações individualizadas e de estratégias psicológicas de intervenção.
Os desvios que se estabelecem na dentição decídua perpetuam-se na dentição mista e permanente. Seguindo este pensamento a prevenção e a interceptação precoce se faz necessária, Considerando que nas fases onde se conta com o crescimento do indivíduo e alto grau de remodelação, a bioelasticidade óssea está presente e colabora para o reequilíbrio do sistema estomatognático.